quinta-feira, 13 de março de 2008

Homocinéticas: como funcionam.




As juntas homocinéticas são itens importantes do sistema de transmissão. Com as juntas em ordem aumenta a segurança e conforto.


Não há exagero em se afirmar que a tração dianteira deve seu sucesso à junta homocinética. Esta peça faz com que a velocidade seja constante entre as partes condutora e conduzida, no caso semi-eixo e ponta de eixo. Para entender melhor a questão de velocidade constante, é preciso saber que na junta universal tradicional (a "cruzeta") usada nas árvores de transmissão (eixo cardã), sempre há variação de velocidade entre as duas partes da junta. Quando a junta universal faz parte do cardã não há problema algum relacionado com essa variação. Mas quando a junta universal compõe o semi-eixo (corretamente, semi-árvore) de um carro de tração dianteira, a desigualdade de movimento logo se faz sentir no volante de direção: surge uma oscilação bem desagradável cada vez que o veículo descreve uma curva sendo acelerado. Na junta homocinética, o contato entre o semi-eixo e a ponta de eixo é feito por esferas, na maior parte dos casos. A parte conduzida (ponta de eixo) é constituída por um tambor com pistas na parte interna, que por sua vez forma corpo único com a ponta de eixo onde vão fixados cubo e roda. O elemento condutor (semi-eixo) recebe movimento da ponta da semi-árvore e trabalha em conjunto com uma gaiola de separação das esferas. Deve-se proceder à troca da junta homocinética quando, com o carro em movimento, ela começar a fazer barulho ou, então, durante manobras, acontecerem estalos, sinais claros de que o conjunto está com excesso de folga. No caso de um furo na coifa protetora, quando a graxa se perde e poeira ou umidade penetram na junta homocinética, é preciso remover a peça, limpá-la e trocar a graxa e coifa, para evitar que a homocinética se danifique definitivamente por falta de lubrificação.

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